terça-feira, 18 de janeiro de 2011

O menino que tirou a sede de meio milhão de africanos


O seu nome é Ryan Hreljac, nasceu no Canadá em maio de 1991, hoje (janeiro/2011) tem 19 anos.
Sua história começou quando pequeno, na escola, com apenas seis anos, sua professora falava sobre como viviam as crianças na África.


Profundamente comovido ao saber que algumas até morriam de sede, pois não tinham água corrente ou poços para tirar água e pensar que a ele bastavam alguns passos para que a água saísse da torneira durante horas...

Ryan perguntou quanto custaria para levar água a eles. A professora pensou um pouco, e se lembrou de uma organização chamada WaterCan , dedicada ao tema, e lhe disse que um pequeno poço poderia custar cerca de 70 dólares.

Quando chegou em casa, foi direto a sua mãe Susan e lhe disse que necessitava de 70 dólares para comprar um poço para as crianças africanas. Sua mãe disse-lhe que se ele fizesse algumas tarefas para ajudar em casa Ryan ganharia alguns dólares por semana.

Finalmente reuniu os 70 dólares e pediu à sua mãe que o acompanhasse à sede da WaterCan para comprar seu poço para os meninos da África. Quando o atenderam, disseram-lhe que o custo real da perfuração de um poço era de 2.000 dólares.

Susan deixou claro que ela não poderia lhe dar 2.000 dólares por mais que limpasse cristais durante toda a vida, porém Ryan não se rendeu. Prometeu aquele homem que voltaria… e o fez!

Contagiados por seu entusiasmo, todos se puseram a trabalhar: seus irmãos, vizinhos e amigos.
Entre todo o bairro conseguiram reunir os 2.000 dólares e Ryan voltou triunfante a WaterCan para pedir seu poço!!!!



Em janeiro de 1999 foi perfurado um poço em uma vila ao norte de Uganda
Quando o poço em Uganda estava pronto,o colégio começou a trocar correspondências com as crianças do colégio que ficava ao lado do poço, na África.
Assim Ryan
conheceu Akana: um jovem que havia escapado das garras dos exércitos e que lutava para estudar a cada dia.

Ryan sentiu-se cativado por seu novo amigo e pediu a seus pais para ir vê-lo. Com um grande esforço econômico de sua parte, os pais pagaram sua viagem a Uganda e Ryan, em 2000, chegou ao povoado onde havia sido perfurado seu poço.






Centenas de meninos dos arredores formavam um corredor e gritavam seu nome.
Sabem meu nome? Ryan perguntou a seu guia.
- Todo mundo que vive 100 quilômetros ao redor sabe, ele respondeu.


Hoje em dia, Ryan –com 19 anos- tem sua própria fundação http://www.ryanswell.ca e conseguiu levar mais de 400 poços à África.

Encarrega-se também de proporcionar
educação e de ensinar aos nativos a cuidar dos poços e da água. Recolhe doações de todo o mundo e estuda para ser engenheiro hidráulico. Ryan tem-se empenhado em acabar com a sede na África.

Existem tantas pessoas preocupadas em salvar-se, com o fim do mundo, com que passa na
TV ou com a geopolítica e permanecem sentados reclamando do que não se pode mudar.
Histórias como essa mostram que o muito que fazemos é pouco e ás vezes nem isto nos serve de lição.

Doar-se é mais que um belo discurso em prol de uma injustiça, e, sim plantar uma semente do bem no próximo.
Ajudar é doar-se que conjuga com o mesmo verbo melhorar a si mesmo!Eu já contribui
e você?

Um comentário:

  1. Interessante a atitude dele, como ser humano identificando-se com outros.
    Contudo, percebe-se que houve a necessidade dele ir a uma entidade WaterCan para perfurar o poço. Ele necessitou pagar para isso. Se todos pensarmos que temos que ´´ajudar´´ aqueles necessitados dessa mesma forma, iremos apenas contribuir para a DESRESPONSABILIZAÇÃO do estado acerca dessas necessidades.
    Penso que seria muito mais interessante um esforço em prol de obrigar o estado a se responsabilizar por essas coisas, afinal, este é feito para nós e não para gastar milhões salvando mercados.
    Os mercados não tem sede.
    Agora incentivar que cada um faça sua parte é se ACOMODAR com o distanciamento o Estado em relação as questões sociais. Ainda que todos fizermos nossa parte, se o Estado não se responsabilizar, sempre haverá uma WaterCan e quaisquer outras fundações lucrando com nossas boas ações E TAMBÉM com a sede alheia.
    Sim, o jovem ajudou muitos
    porém, se estes muitos, associados a tantos outros ao redor do mundo se juntassem, pressionariamos o Estado e todas as formas de produção para que funcionem PARA NÓS...e não para SI...

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