quinta-feira, 30 de junho de 2011

O elefante acorrentado




             Você já observou um elefante no circo? Durante o espetáculo, o enorme animal faz demonstrações de força descomunais. Mas, antes de entrar em cena, permanece preso, quieto, contido somente por uma corrente que aprisiona uma de suas patas e uma pequena estaca cravada no solo. A estaca é só um pedaço de madeira. E, ainda que a corrente fosse grossa, parece óbvio que ele, que é capaz de derrubar uma árvore com sua própria força, poderia, com facilidade, arrancá-la do solo e fugir.

Por que o elefante não foge? Há alguns anos descobri o motivo, pois, por minha sorte, alguém havia sido bastante sábio para encontrar a resposta. O elefante do circo não escapa porque foi preso à estaca ainda muito pequeno. Fechei os olhos e imaginei o pequeno recém-nascido preso: naquele momento, o elefantinho puxou, forço, tentando se soltar. E, apesar de todo o esforço, não pôde sair. A estaca era muito pesada para ele. E o elefantinho tentava, tentava e nada. Até que um dia, cansado, aceitou seu destino: ficar amarrado à estaca, balançando o corpo de lá para cá, eternamente, esperando a hora de entrar no espetáculo.
Então, aquele elefante enorme não se solta porque acredita que não pode. Para que ele consiga quebrar os grilhões é necessário que ocorra algo fora do comum, como um incêndio, por exemplo. O medo do fogo faria com que o elefante em desespero arrebentasse a corrente e fugisse.
O que faria você soltar das correntes que o aprisionam e que o estão impedindo de alcançar vôos mais altos?

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