sexta-feira, 29 de julho de 2011

O trem da vida


Dias atrás mexendo em minhas coisas encontrei algo que hoje partilho com vocês que de um modo ou outro fazem parte da minha vida. Há algum tempo atrás, li um livro que comparava a vida a uma viagem de trem.

Uma leitura extremamente interessante, quando bem interpretada. Isso mesmo; a vida não passa de uma viagem de trem, cheia de embarque e desembarque, alguns acidentes, surpresas agradáveis em alguns embraques e grandes tristezas em outros.
Quando nascemos, entramos nesse trem e nos deparamos com algumas pessoas que parecerão estar sempre nessa viagem conosco: nossos pais. Infelizmente, isso não é verdade: em alguma estação eles descerão e nos deixarão órfãos de seus carinhos, amizade e companhia insubstituível, mas isso não impede que, durante a viagem,pessoas interessantes e que virão a ser super especiais para nós, embarquem.
Chegam nossos irmãos, amigos e amores maravilhosos. Muitas pessoas tomam esse trem, apenas a passeio, outras encontrarão nessa viagem somente tristezas, ainda outras circularão pelo trem, prontos a ajudar quem precisa. Muitos desdem e deixam saudades eternas, outros tanto passam por ele de uma forma que, quando desocupam seu acento ninguém nem se quer percebe. Curioso é constatar, que alguns passageiros que nos são tão caros, acomodam-se em vagões diferentes dos nossos, e portanto, somos obrigados a fazer esse trajeto separados deles, o que não impede, é claro, que durante a viagem, atravessemos, com grande dificuldade nosso vagão e cheguemos até eles, só que, infelizmente, jamais poderemos sentar ao seu lado, pois já terá alguém ocupando aquele lugar.
Não importa, é assim a viagem, cheia de atropelos, sonhos, fantasias, esperas,despedidas, porém, jamais, retornos.  Façamos essa viagem, então, da melhor maneira possível, tentando nos relacionar bem com todos os passageiros, procurando, em cada um deles, o que tiverem de melhor, lembrando sempre que, em algum momento do trajeto, eles poderão fraquejar e, provavelmente, precisaremos entender isso, porque nós também fraquejaremos muitas vezes e, com certeza, haverá alguém que nos entenderá. O grade mistério, afinal, é que jamais saberemos em qual parada desceremos, muito menos nossos companheiros, nem mesmo aquele que está sentado ao nosso lado. Eu fico pensando se, quando descer desse trem, sentirei saudades? Acredito que sim.
Me separar de alguns amigos que fiz nele será no mínimo dolorido; deixar meus filhos continuarem a viagem sozinhos, com certeza será muito triste, mas me agarro na esperança que, em algum momento, estarei na estação principal e terei a grande emoção de vêlos chegar com uma bagagem que não tinham quando embarcaram e o que vai me deixar feliz, será pensar que eu colaborei para que ela tenha crescido e se tornado valiosa.
Amigos, façamos com que a nossa estrada nesse trem seja tranquila, que tenha valido à pena e que, quando chegar a hora de desembarcarmos, o nosso lugar vazio traga saudades e boas recordações para aqueles que prosseguirem a viagem.
Deus abençoe,

Missionário da Comunidade Canção Nova

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