oda vez que deparo com uma indagação feita por Nietzsche, começo a pensar nas coisas que realmente dão prazer à vida e, surpreendentemente, percebo que os “lugares-comuns”, ou seja, os clichês mais usados para argumentar a felicidade, são tão absurdos que acomodam todo o conhecimento humano conquistado durante anos em uma sabedoria que não nos pertence.
Por exemplo, o inspirador discurso de Steve Jobs para os formandos em Stanford serviu de tratamento de choque para muitos que insistem repetir determinados chavões. Steve foi adotado, não concluiu o ensino superior, foi demitido de sua própria empresa… Acontecimentos que fariam muitos achar que ele seria apenas mais um fracassado. Mas, como todos sabem, foi um homem fantástico, daqueles que orgulhamos em chamar de “gênio”.
Em síntese, é preciso rever (pré)conceitos antes de sair espalhando teorias sem reflexão. O conhecimento não é trazido apenas pelas universidades. Dinheiro e felicidade têm uma relação muito forte. A pressa pode não ser amiga da perfeição, mas a lerdeza também não ajuda a cumprir prazos. Aqui se faz e muitas vezes não se paga. Quem tudo quer, muito consegue.
Claro que dizer isso é uma forma de proliferar teorias que não condizem com determinadas situações. Cada caso é um caso. O que realmente desejo de fato é explicar uma percepção acerca da felicidade. Felicidade é um conceito tão amplo e sem definições, que cada ser humano carrega em si uma forma de sê-lo.
Assim, é preciso viver a vida livre de “regras de felicidade”, pois elas não nos favorecem, é preciso criar a exceção que nos faça bem. E vivê-la. Pois como bem filosofou Steve “Eu me perguntava ‘Se hoje fosse o último dia de minha vida, queria fazer o que vou fazer hoje?’ E se a resposta fosse ‘Não’ muitos dias seguidos, sabia que precisava mudar algo”.
E aqui eu repasso a pergunta de Nietzsche aos leitores: “Você vive hoje uma vida que gostaria de viver por toda a eternidade?”
Por Mara Almeida Magalhães
Fonte: Pensa Poços
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