Muitas vezes, o que mais desejamos na vida é saber saber qual é a vontade de Deus a nosso respeito.
Rezamos, ouvimos opiniões, lemos a Bíblia, mas parece que ainda falta
alguma coisa para nos dar a certeza do que o Senhor quer para nós.
Nestes dias tive um sonho que me ajudou neste sentido, por isso o
partilho com você: Sonhei com um barco em alto-mar, nele estavam dois
homens, um remando com grande dificuldade e o outro contemplando-o,
serenamente, sentado ao seu lado. Era um cenário bonito, o mar azul,
iluminado pelos primeiros raios de sol naquela manhã de primavera,
inspirava serenidade e paz. Porém, fiquei incomodada ao ver que um homem
fazia tanto esforço ao remar sozinho, e o outro continuava tão
descansado ao seu lado. Foi quando Deus me fez compreender que o mesmo
nos acontece às vezes.
O mar é a liberdade que o Senhor nos concede por amor; o barco é a nossa vida; o homem tentando remar sozinho somos nós que queremos conduzir nossa história com as próprias mãos e outro homem sentado ao lado, a contemplar o esforço do companheiro, é o Senhor que permanece conosco, no entanto,respeita nossa liberdade e espera o momento em que Lhe pedimos ajuda para intervir. Ainda no sonho, em certo momento, aquele homem já cansado, entregava os remos ao companheiro e este, com muita destreza, conduzia a embarcação na rota certa, sem demora. Era como ouvir Deus falar: “Dijanira, é isso que você precisa fazer hoje: entregue o barco da sua vida em minhas mãos, pois Eu sei remar. Estou aqui ao seu lado pronto para ajudá-la. Se continuar insistindo em remar sozinha, vai se cansar e não chegará aonde deseja. Deixe que Eu conduza seu barco, deixe que Eu reme por você. Confie em mim!”
Compreendi que na busca de discernir a vontade Deus, Ele nos propõe docilidade, confiança e atitude. Pois não podemos dizer que temos fé se não confiamos, e confiar exige a atitude de deixar Deus “remar” por nós.
Talvez você me diga: "Já fui tão decepcionado (a). Como posso confiar de novo?" Isso é possível com a graça de Deus! As pessoas nos decepcionam, e é natural que seja assim. Ninguém é perfeito neste mundo e, um dia ou outro, mesmo quem amamos acaba agindo da maneira que não esperávamos, ou seja, nos decepciona. Mas é a atitude de confiar na graça divina, que pode agir por intermédio daquela pessoa, que nos impulsiona a continuar acreditando. E com Deus não é diferente, Ele é perfeito, mas, muitas vezes, esperamos d'Ele o que por amor a nós Ele não realiza e isso pode nos decepcionar. Neste caso, precisamos acreditar no amor do Senhor e recomeçar um relacionamento de confiança total n'Ele para chegarmos à meta, que é sempre a felicidade.
Certamente essa não é tarefa fácil, principalmente por vivermos em uma época como a nossa, na qual se fala tanto sobre segurança e se busca todos os meios para planejar um futuro seguro, a proposta de confiar em Deus e deixar que Ele nos conduza parece contraditória. Porém, ouso testemunhar que minha vida é bem mais feliz desde que comecei a viver essa experiência. Claro que é um desafio diário, por vezes, também me sinto fraca na fé e impaciente, mas recomeço com a graça de Deus e tento dar um passo de cada vez no dia a dia e em cada situação.
Lembro-me de um período difícil, no qual eu queria que a minha vontade prevalecesse em um relacionamento, mas mesmo assim, rezava: “Senhor, que seja feita a Tua vontade”. E realmente Deus Pai fez a vontade d'Ele porque nada foi como eu desejava. Sofri com a decepção e a perda, mas nunca duvidei da intervenção divina. Hoje, quando me recordo do fato, tenho ainda mais certeza de que o Senhor agiu, e continuo pedindo com confiança: "Senhor, que em tudo seja feita a Tua vontade. Toma o remo e conduz o meu 'barco' no imenso mar do Teu amor. Tu sabes o que é melhor para mim"
Talvez, hoje, Deus esteja lhe pedindo a mesma atitude, se for o caso, não tenha medo de dar os passos. Acredito que o primeiro deles é fazer uma revisão de vida e ter a coragem de perguntar: "Isso que tanto busco, insisto e sonho é vontade de Deus ou é apenas a minha vontade?" Um dos sinais para discernir a resposta é perceber os frutos da espera. O que é de Deus traz paz e edifica, mesmo que passe pela cruz. Ao passo que o que é apego humano não produz bons frutos, torna a pessoa amarga, sem brilho, sem vida e sem alegria, além de ansiosa.
Madre Teresa de Calcutá, quando via alguém triste, logo pensava: “O que será que esta pessoa está negando a Deus?” Pois para ela a tristeza da alma estava muito ligada ao apego à vontade própria, uma vez que, se estivermos de acordo com Deus, já não haverá motivos para ficarmos contrariados, preocupados ou angustiados, e em tudo o que vier nos acontecer saberemos que existe a permissão divina, portanto, acolheremos com alegria, mesmo que seja difícil.
As pessoas que nos conhecem e nos amam são grandes instrumentos do Senhor para nos ajudar a discernir onde está a vontade d'Ele. Experimente pedir a opinião de quem você confia e sabe que o ama e tenha a coragem de ouvir a resposta. Se for preciso entregar o "barco de sua vida" nas mãos do “Grande Navegador”, faça isso ainda hoje e se prepare para desbravar o alto-mar da vida nova que Deus tem para você.
Estou unida a você!
dijanira@geracaophn.com
Via Canção Nova
Que belo texto. Caiu como uma luva para mim.
ResponderExcluirObrigado. Marcos Suzin.
http://grupo-aguaviva.blogspot.com
Lindo lindo lindo! Era tudo que precisava ler hoje!
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