Deus escolhe nosso Anjo da Guarda, que é pessoal e
exclusivo, cuja função é proteger-nos até o retorno da nossa alma à
eternidade. Ele nos ampara e nos defende dos perigos com que os
espíritos maus nos tentam, na nossa vida terrena. "Porque aos seus
anjos ele mandou que te guardem em todos os teus caminhos, eles te
sustentarão em suas mãos, para que não tropeces em alguma pedra" (Sl
90,11-12).
Os Anjos da Guarda estão repletos de dons e privilégios
especiais, com uma missão insubstituível ao longo da criação. Eles
possuem a natureza angélica espiritual, que é a síntese de toda a
beleza e de todas as virtudes de Deus, por isso impossível de ser
representada.
Em um dos seus textos, são Francisco de Sales esclarece que a
tarefa dos anjos é levar as nossas orações à bondade misericordiosa
do Altíssimo e de informar-nos se elas foram atendidas. Assim sendo,
as graças que recebemos nos são dadas por Deus, que é o princípio e o
fim de nossa vida, através da intercessão de nosso Anjo Bom.
Deus confiou cada criatura a um Anjo da Guarda. Esta é uma
verdade que está em várias páginas da Sagrada Escritura e na história
das tradições da humanidade, sendo um dogma da Igreja Católica,
atualmente também confirmado pelos teólogos.
A devoção dos anjos é mais antiga até que a dos próprios
santos, ganhando maior vigor na Idade Média, quando os monges
solitários receberam a companhia dessas invisíveis criaturas, cuja
presença era sentida nas suas vidas de silenciosa contemplação e
íntima comunhão espiritual com Deus-Pai.
Todavia o Eterno Guardião, como o Anjo da Guarda também é
chamado, tão solicitado e cuidado durante a infância, está totalmente
esquecido no cotidiano do adulto, que, descuidando de sua exclusiva e
própria companhia, não se apercebe mais de sua angélica presença. Mas
este espírito puro continua vigilante, constante dos pensamentos e de
todas as ações humanas.
Os Anjos são antes de tudo os mediadores das
mensagens da verdade Divina, iluminam o espírito com a luz interior da
palavra. São também guardiões das almas dos homens, sugerindo-lhes as
diretivas Divinas; invisíveis testemunhas dos seus pensamentos mais
escondidos e das suas ações boas ou más, claras ou ocultas, assistem
os homens para o bem e para a salvação. São Grégorio Magno diz, que
quase cada página da Revelação escrita, atesta a existência dos Anjos.
No Novo Testamento aparecem no Evangelho da infância, na narração das
tentações do deserto e da consolação de Cristo no Getsêmani. São
testemunhas da Ressurreição, assistem a Igreja que nasce, ajudam os
Apóstolos e transmitem a vontade Divina. Os Anjos preparam o juízo
final e executarão a sentença, separando os bons dos maus e formarão
uma coroa ao Cristo triunfante. Eles os Anjos,são mencionados mais de
trezentas vezes no Antigo Testamento. Além de todas essas referências
bíblicas, que po si só justificam o culto especial que os cristãos
reservam aos anjos desde os primeiros tempos, é a natureza destes
"espíritos puros" que estimula nossa admiração e nossa devoção.
Dizia Bozzuet : "Os Anjos oferecem a Deus as nossas esmolas,
recolhem até os nossos desejos, fazem valer diante de Deus os nossos
pensamentos... Sejamos felizes de ter amigos tão prestativos,
intercessores tão fiéis, intérpretes tão caridosos." Fundamentando a
verdade de fé, a Igreja nos diz que cada cristão, desde o momento do
batismo, é confiado ao seu próprio Anjo, que tem a incumbência de
guardá-lo, guiá-lo no caminho do bem, inspirando bons sentimentos,
proporcionando a livre escolha que tem como meta Deus, Supremo Bem. A
liturgia do dia 29 de setembro, que celebramos São Miguel, São Gabriel
e São Rafael, lembra ao mesmo tempo todos os coros angélicos: os
Anjos, os arcanjos, os Tronos, as Dominações que adoram, as Potestades
que tremem de respeito diante da Majestade Divina, os céus, as
virtudes, os bem-aventurados serafins e os querubins.
O Inicio da celebração da festa distinta para os Santos
Anjos da Guarda, começou desde o século XVI, universalizada pelo Papa
Paulo V, depois que em 1508 Leão X aprovou o novo Ofício composto pelo
franciscano João Colombi.
Alguns escolares advertem que não se deve invocar nenhum anjo a
não ser o nosso anjo da guarda e os três únicos mencionados na Bíblia,
ou seja Gabriel, Rafael e Miguel, porque não temos como saber se são, ou
não, anjos do mal.
Oremos:Santo Anjo do Senhor, Meu zeloso guardador, se a ti me
confiou a piedade Divina, sempre me rege, me guarde, me governe, me
ilumina. Amém.
Via Catequese Católica
Nenhum comentário:
Postar um comentário